Apresentação

O Quadro Europeu de Competência Digital para Educadores da Comissão Europeia, pretende promover a competência digital e a inovação na educação. Sabe-se ainda que as tecnologias digitais apresentam numerosas vantagens para as crianças com necessidades específicas de aprendizagem. Estas podem promover a igualdade de oportunidades e a participação ativa destas crianças no seu processo de ensino e de aprendizagem, podendo assumir-se como uma ferramenta de auxílio e colaborativa em prol da aprendizagem e da inclusão. Permitem-lhes, ainda, o acesso à informação, possibilidades comunicativas, superar barreiras de aprendizagem e desenvolver atividades que podem estar-lhes vedadas. As tecnologias digitais são também instrumentos pedagógicos que fomentam novas possibilidades e estratégias educativas. Neste contexto, é essencial que os docentes desenvolvam um conjunto de competências, de modo a tirar partido do potencial das tecnologias digitais. Esta ação visa capacitar os docentes para a exploração das potencialidades pedagógicas de recursos educativos digitais adequados às necessidades específicas de cada criança e jovem, fomentar a sua utilização como instrumentos facilitadores do processo de ensino e de aprendizagem e desenvolver nos docentes a capacidade para implementar estratégias inovadoras de ensino e de aprendizagem. Ambiciona-se criar condições favoráveis a práticas educativas inclusivas que se revelem promotoras do desenvolvimento de competências em todos os alunos.

Destinatários

Educadores de Infância, Professores dos 1º e 2º Ciclo do Ensino Básico e Professores de Educação Especial

Releva

Para os efeitos previstos no n.º 1 do artigo 8.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores, a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Educadores de Infância, Professores dos 1º e 2º Ciclo do Ensino Básico e Professores de Educação Especial. Para efeitos de aplicação do artigo 9.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores (dimensão científica e pedagógica), a presente ação não releva para efeitos de progressão em carreira.

Objetivos

- Conhecer e compreender o atual panorama dos processos de acesso, uso e participação das tecnologias digitais por parte dos alunos com necessidades específicas de aprendizagem; - Mobilizar conhecimentos sobre a utilização de tecnologias de apoio; - Compreender e discutir o potencial das tecnologias da comunicação (sistema de comunicação aumentativa e alternativa) no apoio aos alunos com perturbações da comunicação, dominar o seu uso de forma equitativa e inclusiva. - Conhecer e explorar diferentes aplicações digitais, open-source e de baixo custo com potencialidades de utilização em diversos contextos no apoio ao processo de ensino e aprendizagem dos alunos com diferentes problemáticas; - Conhecer estratégias, recursos e materiais que facilitem construção de soluções multimédia acessíveis; - Desenvolver competências na conceção de recursos acessíveis com recurso às tecnologias e à acessibilidade digital, nomeadamente àquelas que garantam a inclusão.

Conteúdos

1. As tecnologias digitais ao serviço da educação inclusiva - Conceito de Inclusão digital, desenho universal para a aprendizagem e acessibilidade - Opções de acessibilidade nativas dos sistemas operativos; - Estratégias e soluções multimédia acessíveis 2. Tecnologias de Apoio - Tecnologias de apoio no apoio ao desenvolvimento de capacidades - Tecnologias de acesso ao computador; - Legislação, processos de requisição: Sistema de Atribuição de Produtos de Apoio (SAPA) e mercado; 3. Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA) - Conceitos básicos e áreas de aplicação - Objetivos e principais sistemas de CAA - Produtos de apoio à comunicação - Recursos digitais para a CAA

Avaliação

Avaliação dos formandos baseada nos seguintes pressupostos: • Obrigatoriedade de frequência de 2/3 das horas de formação presencial. • Classificação na escala de 1 a 10, de acordo com o Despacho nº 4595/2015, de 6 de maio. Critérios de avaliação: a) Participação nas sessões (dinâmica da participação e qualidade das intervenções) – 40% b) Relatório do trabalho autónomo - 50% c) Apresentação oral do trabalho - 10%

Bibliografia

Almeida, I. (2021). Tecnologias de Apoio para limitações cognitivo-motoras em contexto familiar: plano de formação para cuidadores informais. Universidade de Aveiro.Kraleva, R., & Kralev, V. (2018). An evaluation of the mobile apps for children with special education needs based on the utility function metrics. International Journal on Advanced Science, Engineering and Information Technology, 8(6), 2269–2277. https://doi.org/10.18517/ijaseit.8.6.6309Lohmann, M., Hovey, K., & Gauvreau, A. (2018). Using a Universal Design for Learning Framework to Enhance Engagement in the Early Childhood Classroom. The Journal of Special Education Apprenticeship, 7(2), 7. https://files.eric.ed.gov/fulltext/EJ1185417.pdfNisbet, P. (2019). Alternative Access Technologies. In Handbook of Electronic Assistive Technology (pp. 105–148). Elsevier. https://doi.org/10.1016/B978-0-12-812487-1.00005-3Santos, C. E., Oliveira, L., Herrera, V., & Silva, S. (2021). Acessibilidade Digital em Ambientes Virtuais de Aprendizagem: uma Revisão Sistemática. EaD Em Foco, 11(1), e1143. https://doi.org/10.18264/eadf.v11i1.1143

Formador

Maria Isabel Gomes dos Santos

Cronograma